Surgido nos anos 70, o termo "cultura do estupro" denuncia práticas e pensamentos machistas incrustados na sociedade que culpabilizam a vítima do estupro e consideram essa prática como 'algo nada grave' e que 'só acontece porque a vítima deu brechas'. A causa desse pensamento surge há milhares de anos atrás, tempo em que a mulher era tratada como um ser inferior, desprovida de direitos e sua existência baseava-se apenas na reprodução e para servir como objeto de prazer e posse para os homens. Pensamento que perdura, infelizmente depois de tantos direitos conquistados, até os dias atuais. Como consequência em casos de estupro, temos a vítima culpabilizada pela sociedade. Uns dizem que suas roupas justificam a prática, outros que ela foi "fácil" e isso deu abertura para a realização do ato. É lamentável que o homem, um ser tão evoluído, regrida tanto a ponto de não controlar seus desejos sexuais e tenha que colocar a culpa disso nas roupas e no caráter da vítima. O que a torna total culpada de tal ato e tenha medo de denunciar devido ao julgamento mediante a sociedade. Roupas curtas não justificam nada e um bom exemplo disso é a utilização das burcas nos estados muçulmanos em que as mulheres escondem todo o seu corpo e parte do rosto e mesmo assim, os índices de estupro são altíssimos. Ou então, nas praias em que as mulheres usam biquínis, se os homens fossem seres incontroláveis como a sociedade machista diz ser, na praia ocorreriam a maioria dos casos de estupro e sabemos que não é bem isso o que acontece. Para prevenir é preciso educação escolar e familiar que privilegie o respeito com o próximo e o tratamento igual para com todos, independentemente de gênero. A educação no ambiente familiar e escolar é primordial para prevenir esse tipo de prática. Além de os agressores serem punidos devidamente e o estupro parar de ser visto como algo que não é grave. Delegacias de mulheres devem ser criadas e com isso a segurança nas ruas tem que ser maior e mais eficiente para que as mulheres não vivam mais sob o medo constante de serem as próximas vítimas dessa violência tão brutal.