No ano de 2014, o movimento virtual “Eu não mereço ser estuprada”, apoiado por aproximadamente quarenta mil mulheres, repercutiu internacionalmente ao levantar algumas questões sociais a cerca dos problemas vivenciados por elas, como estupro e machismo que no momento presente merecem devida atenção. Sabe-se que a falta de discutir nas escolas as questões de gênero contribuem para o aumento do machismo e da manutenção da cultura do estupro. A discussão de gênero é pertinente, pois, a sociedade prega a legítima defesa para tais problemas, mas não educação e respeito ao próximo. Desse modo fica evidente que Kurt Cobain – guitarrista e vocalista da banda Nirvana –, estava correto ao dizer que em vez de ensinar as mulheres como se defenderem, era melhor ensinar aos homens a não estuprarem. Além disso, é preciso acabar com uma visão conservadora estereotipada que atinge uma parcela da sociedade brasileira. Visão essa, que julga mulheres usando “certas” vestimentas, como minissaias e vestidos curtos, mais suscetíveis ao estupro que outras. Utilizando o slogan “Não meça o valor de uma mulher pelas suas roupas”, a organização não governamental Terre des Femmes que promove igualdade de gêneros, mostra que o tamanho da roupa de uma mulher não é parâmetro para definir seu caráter. Diante disso, medidas são necessárias para a resolução dos problemas. É imprescindível a intervenção da escola para o favorecimento do debate escolar a respeito das questões de gênero, ampliando o conceito de igualdade entre homem e mulher. Também é fundamental o auxílio da mídia, como “Shoot the Shit” para a comunicação social, que por meio de intensas campanhas mediante o uso da rede mundial de computadores, visem desconstruir a visão deturpada de que algumas vestimentas femininas definem o caráter da mulher.