Diante do acontecimento que ocorreu no Rio de Janeiro, isto é, onde uma menina de 16 anos foi estuprada provavelmente por 8 homens, segundo dados da Veja, a legitimidade ou não da cultura do estupro foi trazida à tona. É notório que haja, ainda que mínima, uma cultura do estupro no Brasil. Isso pode ser demonstrado por meio de sites que o facebook, por exemplo, possui para defender tal prática. Por definição, a cultura do estupro afirma que a vítima é culpada na história. Em outras palavras, caso uma mulher seja estuprada, a culpa é dela por vestir-se inadequadamente, usando minissaias, shorts curtos ou qualquer roupa indecorosa. A bem da verdade, esta cultura não é legítima, pois, na verdade, não leva em conta a vítima e todas as consequências psicológicas, físicas e morais que recebe ao ser violentada, inocentando o verdadeiro culpado por desrespeitá-la. Tratando-se de outra questão relacionada com o estupro, está, em alguma medida, o machismo que existe dentro da cultura brasileira. É óbvio que, mais do que o machismo, existe uma cultura de senso de impunidade. A própria jovem de 16 anos afirmou que, no local onde ela foi estuprada, o estupro é algo normal, aparentando aceitar aquilo com normalidade, conforme noticiou a Veja. É evidente, diante disso, que as pessoas parecem que vivem em um país onde a anarquia reina, ou seja, onde não existe leis para punir, já que o estupro é ilegítimo. A cultura do estupro precisa ser, de alguma forma, no mínimo, atenuada. Primeiro, a lei precisa de ser rigorosamente aplicada, uma vez que a Constituição prevê, neste caso, uma punição para o estuprador. Além disso, deve-se haver uma conscientização por parte do pais para com os filhos de que os homens, apesar de estarem numa cultura onde o desrespeito pela mulher é notório, devem saber que respeitar a mulher é uma questão de dignidade humana. Afinal, nenhum homem são quer sofrer problemas psicológicos durante uma grande parte (ou até toda) da vida. Como diz o provérbio popular: ‘’não queira para os outros o que você não quer para você’’; logo, perpetuar a cultura do estupro é perpetuar o crime e asquerosidade.