Durante o século XX, sobretudo após a segunda guerra mundial, houve uma ampliação significativa nos direitos das mulheres. Entre esses direitos, conquistados após décadas de lutas sociais feministas, estão o de poder eleger seus governantes por meio do voto, o de poder trabalhar fora do ambiente familiar e, também, o direito de acabar um relacionamento conjugal com o divórcio. Entretanto, ainda persistem uma série de desigualdades legais e sociais que atingem as mulheres. A cultura do estupro está relacionada à efetivação inacabada dos direitos das mulheres e à percepção social machista de que a mulher não é um sujeito, mas um objeto passível de ser controlado. Um dos exemplos dessa desigualdade, no âmbito do trabalho, é a diferença entre os salários de homens e mulheres exercendo as mesmas funções em uma empresa. Outro fenômeno reforçador da desigualdade de gênero é a objetificação sexual da mulher amplificada pelo mercado publicitário, especialmente nos comerciais de bebidas alcoólicas. Além disso, existe o conservadorismo religioso que defende a submissão das mulheres aos seus companheiros. Todos esses elementos contribuem direta ou indiretamente para a cultura do estupro na sociedade brasileira. Em função dos aspectos abordados, fazem-se necessárias, portanto, algumas medidas em várias esferas. Primeiramente, o Ministério do Trabalho deve fiscalizar e punir empresas que possuem política salarial diferenciada por gênero a fim de promover a igualdade salarial entre os trabalhadores independente de seu sexo. Além disso, as agências reguladoras de publicidade devem coibir a veiculação de propagandas objetificadoras das mulheres para reduzir a associação de mulheres a objetos sexuais. Por fim, o Ministério Público deve fiscalizar e processar líderes e congregações religiosas que preguem a submissão feminina ao homem. Essas ações são capazes de diminuir a cultura do estupro na sociedade e promover um Brasil mais igual e justo para todos. Olá, corretor. Gostaria de receber uma correção por escrito. Agradecido.