Estupro é a prática não consensual do sexo imposta por violência ou ameaça de qualquer natureza, qualquer forma de pratica sexual sem consentimento de uma das partes, configura estupro. O estupro coletivo sofrido por uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro, causou uma comoção nacional, levantando a questão da cultura no estupro no Brasil. Com isso, cabe analisar, como a cultura do estupro é tratada no Brasil, e a sua forma cruel de existência. Em todos os casos de violência sexual, iniciaram-se ataques as vítimas, e às suas condutas. Tais questionamentos decorrem da cultura brasileira que ainda é exageradamente machista e patriarcal, por essa razão, a vítima é, muitas vezes, vista como responsável e “culpada” pelo estupro que sofreu. O estupro é o único crime em que a vítima é julgada junto com o agressor, gerando o silêncio das vítimas, que detém o medo de serem severamente julgadas pela sociedade, delegados e policiais responsáveis por investigar o crime. Exemplo disso, são dados do Fórum de segurança pública, em que foi divulgado que o estupro é o crime mais subnotificado do país, e que as queixas notificadas representam apenas 10% dos casos ocorridos. O estupro é um crime gravíssimo, e as consequências para a vítima são torturantes e permanecem para o resto da vida. São vários os casos de mulheres que após sofrerem violência sexual entram em quadros de depressão e chegam a cometer suicídio. O estupro atinge grande quantidade de crianças, em especial meninas de 10 á 19 anos, o que aumenta ainda mais os casos de depressão e suicídio. Temos como prova, dados do Ministério da Saúde, em que no ano de 2015, mais de 25% das mulheres que sofreram violência sexual, apresentara, casos de depressão e tendência ao suicídio. Observa-se, portanto, que a cultura do estupro no Brasil é cruel e faz bastante vítimas. Dessa forma, a fim de extirpar essa cultura é necessário que a questão de gênero seja ensinada nas escolas, a fim de que os meninos respeitem as meninas e as tratem com igualdade. Aliado a isso, é necessário que os pais ensinem seus filhos a respeitarem as mulheres e não as maltratem, nem a tratem como um objeto. Por fim, é necessário ainda, a punição aos agressores para que seja feita justiça a esse crime tão bárbaro. Pois como citou a jornalista Marilia Gabriela: “ a cultura do estupro não apenas existe mas também mata.”