Título da redação:

Cultura do estupro, reconhecer para combater.

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 25/06/2016

Não só a sociedade brasileira, mas a maioria das nações segue um modelo de sociedade predominantemente patriarcal. Adequando-se as diferentes realidades, a cultura do estupro é alimentada por essa predominância, sendo o crime de estupro a última e mais notável consequência, porém não a única. Mesmo a cultura do estupro sendo uma questão global, o estupro, bem como outros tipos de violência de gênero, está mais presente em populações com elevados índices de desigualdade social e pobreza, e baixos índices de educação. Nesta lógica, o Brasil ainda possui taxas alarmantes de estupro, principalmente entre meninas crianças e adolescentes. Além dos problemas de notificação, de desacreditação da vítima e impunidade para os agressores. Um dos pilares deste problema, são as visões injustas de feminilidade e masculinidade. Dentre outros meios, a mídia e a indústria fonográfica tem um papel central neste processo. Por outro lado, para esta indústria sobreviver ela precisa corresponder as demandas da população e tendências de mercado. Com as demandas feministas sendo impulsionadas pelas redes sociais, já é possível observar uma mudança de comportamento desses setores, desde as campanhas publicitárias que tem diminuído a objetificação de corpos femininos até o lançamento de músicas voltadas ao empoderamento da mulher. Portanto, os avanços da sociedade relativos à cultura do estupro, ocorrem com de que ela existe. Ainda há forte relutância por parte da população em visualizar os diversos processos que contribuem para a cultura do estupro. Educação e diálogo seriam o começo da mudança. Em todos os setores da sociedade, debates sobre o que é ser homem e o que é ser mulher precisam de espaço. Como medida prática, alguns países desenvolvidos já incluíram a discussão sobre gêneros na educação infantil, esta medida é ainda mais urgente em países com altas taxas de violência, como o Brasil.