Título da redação:

Cultura do estupro: Preconceito e impunidade

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 30/06/2016

Ao assistir comerciais de bebidas na televisão, a cena mais notável é uma roda de homens reunidos em um botequim, os quais ao perceberem a presença de uma mulher, exprimem frases ofensivas e pejorativas à jovem. Este episódio, embora pareça ficcional, apresenta-se como uma situação real, enfrentada por cerca de cinquenta por cento da população feminina brasileira. Um ponto a ser considerado, é que grupos mais tracionais ainda defendem a hipótese de “instinto masculino”, algo equívoco, caso contrário, todos os seres humanos agiriam como meros animais selvagens. Diversas correntes de pensamento já comprovaram a capacidade da espécie homo sapiens em raciocinar e utilizar a lógica (teoria aristotélica feita há mais de dois milênios) para perceber o meio em que está inserido, o que capacita-o a pensar em seus atos antes de praticá-los. Além disso, a cultura machista estende-se a diversas autoridades e famílias brasileiras ainda muito conservadoras, o que explica o silêncio de noventa por cento das vítimas de estupro, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por temor de serem acusadas como responsáveis pelo acontecido. Por conseguinte, o ideal seria a promoção de campanhas midiáticas e em escolas, de modo a pregar a igualdade de gênero, por meio de brincadeiras e diálogos abertos, e mostrar às crianças a importância do respeito mútuo em família e em sociedade. Outra saída, seria a rigorização dos artigos da Lei Maria da Penha, aderida a Constituição Brasileira em 2006, para que todos os assediadores impunes, finalmente recebam uma sentença justa por seu atos, de modo a servir de exemplo para os cidadãos brasileiros e de outras regiões do globo.