Com a eleição de Dilma para a presidência a sociedade brasileira parecia ter se desvencilhado do machismo e parecia caminhar para a igualdade entre os sexos. Contudo, pesquisas indicam que a igualdade ainda está distante da realidade das mulheres brasileiras, que precisam destruir a cultura do estupro. A sociedade brasileira sempre subjugou as mulheres, reservando a elas o papel de bela, recatada e do lar, sempre a serviço de seu marido e de seus filhos. Esse modelo sofreu algumas variações, devido a entrada das mulheres no mercado de trabalho, porém ainda espera- se que a mulher fique subjugada ao homem, o que cria a cultura do estupro. Essa construção social que dá mais poder ao homem e inferioriza a mulher favorece a violação de direitos da mulher e a garante a impunidade para homens. A cultura do estupro fica evidente quando se observa que o modo como as vítimas de estupro são culpabilizadas pela agressão que sofreram. A sociedade julga que se a mulher estivesse em casa ela não sofreria essa agressão, porém, a maior parte dos casos de estupro ocorrem dentro de casa por padrastos ou conhecidos da família e a maior parte das vitimas são jovens de até 17 anos. A fragilidade da vitima junto com a sua culpabilização e a dificuldade de se ter um atendimento em uma delegacia da mulher faz com que a vitima tenha medo de denunciar o agressor. Pode-se ressaltar que a cultura do estupro abrange muitas esferas sociais e tem amplos meios de manutenção, como: a objetificação das mulheres em comercias de venda de produtos, a falta de representatividade de mulheres em cargos eletivos (elas ocupam apenas 13% desses cargos), os salários memores ( diferença de 30% entre salários de homens e mulheres para mesmas funções ), e a falta de apoio para denunciar crimes contra mulheres, enfim, todos esses fatores ajudam na inferiorização das mulheres. A cultura do estupro só acabará quando a inferiorização da mulher acabar, para que isso ocorra as mulheres devem se mobilizar e, por meio de protestos e abaixo-assinados, exigir do governo cotas para mulheres em cargos eletivos. As mulheres também deveriam boicotar empresas que usam mulheres como objetos em suas propagandas comercias.