O antropólogo britânico Edward Burnett Tylor definiu a palavra cultura como “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Essa definição resume que a cultura é algo enraizado em cada ser humano, portanto, algo que dificilmente mudará. Em junho de 2016 a população brasileira se indignou com o estupro coletivo que aconteceu no Rio de Janeiro. Houve uma intensa movimentação nas redes sociais que desencadeou um debate sobre a cultura do estupro no Brasil. Tema que, há alguns anos vem sendo discutido por femininas e até mesmo por pessoas que não se rotulam como feministas. A questão é de onde vem essa cultura que há anos faz vitimas não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Na Índia, por exemplo, os Números do Escritório Nacional de Registros e Crimes, apontam que a cada 21 minutos, uma mulher é estuprada. Talvez a resposta da questão esteja na própria criação que os homens são submetidos. Homens, desde muito novos, são reféns de um código social de masculinidade e isso, com o passar dos anos, pode transforma-los em sujeitos agressivos, machistas e com fortes impulsos por dominação. As mulheres são as maiores vítimas dessa cultura, pois diariamente enfrentam olhares, piadas, propagandas que as objetificam, agressões físicas e psicológicas. Por tanto, fica evidente que algumas medidas devem ser tomadas para contem o avanço da cultura do estupro no Brasil. O governo brasileiro deve entrar com campanhas que incentive as denuncias, pois muitos casos ficam impunes por falta de denuncia da vítima, deve também enrijecer as penas já existentes, a falta de punição, de certo modo, incentiva os agressores. Professores e pais podem ajudar a conter o avanço dessa cultura através de conversas sobre direitos da mulher e igualdade de gênero.