A expressão “cultura do estupro” surgiu através de um grupo de feministas por volta dos anos de 1970 para se referir a um local que seja fácil a ocorrência desse crime por ter uma cultura que acha natural e normal à violência sofrida por mulheres. O Brasil se enquadra nesse conceito, pois desde a sua descoberta, a sociedade foi se formando culturalmente de forma patriarcal e machista, fato que deixava claro a desigualdade social entre homens e mulheres. Fazendo com que as mulheres fossem tratadas como objetos de posse. Essa situação permanece até os dias de hoje, mas não é uma realidade única e exclusiva do Brasil, alguns outros países do mundo sofrem com esse grave problema, por exemplo, a Tailândia. No Brasil, a cada quatro minutos ocorrem um estupro, esse dado foi divulgado em 2014 pelo Anuário Nacional de Segurança Pública, esse número é alarmante, principalmente se pensarmos que ele não demonstra a realidade, afinal muitos dos casos de estupro no país não são denunciados pelo fato de que a maioria das mulheres se sente culpadas pelo ocorrido, prevalecendo o mesmo comportamento milenar, o silêncio, pois a sociedade impõe nelas a culpa do estupro, "ela provocou”, “ela estava de minissaia”, “ela não deveria sair sozinha”, “ela não deveria estar na rua naquela hora” ou “ela não deveria ter bebido”. Hodiernamente, 99% dos agressores estão soltos, culpa de uma tradição cultural: o hábito de abafar a violência sexual a qualquer custo. Isso ocorre principalmente em situações que envolvem pessoas “bem sucedidas”, como foi o caso de Dominique Strauss-Kahn, o diretor do FMI, que foi acusado de violentar uma camareira de hotel, a ocorrência contra ele enfraqueceu e a queixa foi retirada por falta de credibilidade da acusadora. O Brasil conta com uma serie de leis que protegem a mulher, mas a grande maioria não se tem fiscalização e punição adequada, no caso do estupro muitos BOs são arquivados sem nem se quer ser investigados e muito menos ter os culpados punidos. Logo, a federação brasileira deveria se ter um policia especializada no crime de estupro para realimente investigar e punir os culpados. Além disso, no país se falta à base elementar para existir uma boa convivência em sociedade, falta educação. Afinal desde cedo crianças são ensinadas que homens devem ser superiores a mulher, e com educação esse quadro pode ser revertido e mulheres e homens podem crescer e viver em uma igualdade social.