Podemos definir a cultura do estupro como a banalização de costumes proferidos e adquiridos por uma sociedade. A mesma, usa de artifícios para vitimizar e justificar as ações de violência de um estuprador contra uma mulher. O estupro implica o direito do próprio corpo da vítima e suas vontades, já que por sua parte, o sexo não foi consentido. A cultura do estupro foi e vem sendo adquirida há muitos anos, dando destaque à colocação da mulher como a culpada para ‘’o caos’’ do planeta implantado pelo cristianismo. Assim, graças a essas e outras crenças e hábitos adquiridos, gerou-se a cultura que coloca a mulher submissa a seu marido tendo que satisfazer suas vontades e agir de forma ‘’recatada’’ diante à sociedade. Para exemplificar essa séria problemática, uma pesquisa feita pelo IPEA estima que no mínimo 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil e que apenas 10% desses casos chegam ao conhecimento da polícia graças ao medo do agressor e da repressão pela sociedade que poderá julgá-la. Temos também a falta de importância dada pelas autoridades às vítimas, inocentando os estupradores com desculpas que persistem como o tipo de roupa que a vítima estava, o horário e o lugar que a vítima estava frequentando. Batom vermelho, dançar de modo considerado sensual, andar sozinha em uma rua deserta durante a noite, vestir roupas curtas e bebidas não são justificativas para as ações de um estuprador. Temos que buscar constantemente a modificação dessa cultura. A mídia pode ajudar pressionando o governo para exigir a punição para este crime hediondo. As instituições de ensino através da promoção de discussões sobre o tema, para reverter esse pensamento da sociedade que é ainda machista.