Título da redação:

A cultura primitiva da violência sexual

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 22/06/2016

Por conta da nossa cultura, que ainda nutre pensamentos de tempos mais primitivos, o Brasil vivencia um terror envolvendo jovens e crianças, principalmente aqueles com idade até 17 anos, segundo pesquisas do Ministério da Saúde, que é a violência sexual, sendo o estupro uma de suas modalidades. Não só no Brasil mas também no mundo, a mulher é destacada como um objeto, uma propriedade do homem. Isso ocorre porque, ao longo da história da humanidade, as leis e a própria sociedade dão poder aos homens, ou seja, eles podem fazer o que bem entenderem, com quem, onde e quando eles quiserem. Um exemplo de lei que fornece esse poder é o Código de Hamurabi, o código de leis mais antigo do mundo, que favorecia o regime patriarcal e dava controle absoluto ao homem sobre a esposa e os filhos. O estupro não pode ser considerado apenas como o ato sexual não consensual, ele começa com um assobio na rua, um olhar insistente, um comentário de caráter sexual e/ou uma perseguição. Geralmente tal violência inicia na rua, publicamente, mas termina em lugares isolados, onde ninguém pode ajudar as vítimas, porém o mais comum é o estupro familiar, em que algum membro da família, sendo os pais, o marido e o namorado os mais comuns, violenta a mulher ou as crianças, sem que haja denúncia por parte das vítimas, por culpa dos pensamentos gerados pelas pessoas ao redor delas, que basicamente se resumem a culpá-las pelo ocorrido, e das ameaças feitas pelos agressores. Em suma, podemos dizer que a maior questão é a desigualdade de gêneros, alimentada por uma cultura primitiva. O primeiro passo a ser dado é na educação, em que os pais e as escolas devem ensinar os meninos a conviverem amigavelmente com as meninas, além de desestimularem a violência por parte dos meninos, ou seja, estimularem a se defenderem usando a denúncia ao invés da força bruta. Por outro lado, a criação e a aprovação de leis que punem mais severamente os agressores e estimulam a denúncia, por exemplo o estabelecimento de prisão perpétua para qualquer que seja a violência sexual, sem direito a acordos ou pagamento de fiança, devem ser feitas por meio das autoridades competentes, como já é o caso da Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio.