Título da redação:

A cultura do machismo

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 29/06/2016

Atualmente diversos casos de estupro estão sendo noticiados pela mídia, gerando uma comoção da sociedade para julgar e condenar os criminosos o mais rápido possível. No entanto, fatos como esses são exceções, pois a maioria dos crimes de abuso sexual permanecem em silêncio com as vítimas, seja por medo de serem julgadas por uma sociedade machista e opressora ou mesmo pela falta de maturidade, uma vez que grande parte dos casos de estupro são com crianças com menos de 17 anos de idade, de acordo com o Ministério da Saúde. O termo ‘’cultura do estupro’’, muito utilizado atualmente, não é correto, já que a sociedade considera o crime de estupro um dos mais abomináveis presente no código penal. O certo seria usar a expressão ‘’cultura do machismo’’, tendo em vista que por conta desse olhar preconceituoso da sociedade, as vítimas são julgadas juntamente com os criminosos, seja por conta de estarem embriagadas, usando minissaia ou até mesmo por conta do horário em que transitam nas ruas. Logo, toda essa opressão por parte da sociedade dificulta o acesso espontâneo por parte das mulheres violadas a justiça, permanecendo o delito em silêncio. Outro fator que aumenta a dificuldade em julgar os crimes de estupro é a idade das vítimas, que quase sempre não tem mentalidade suficiente para entender o que está acontecendo. Por conta disso, é muito importante que haja uma atenção maior da família sobre as pessoas que cercam suas crianças, tendo em vista que não há um perfil de estuprador, o que favorece a discrição do agressor. Portanto, para tentar diminuir os casos de estupro, primeiro deve-se combater o machismo na sociedade, que faz com que as pessoas julguem as vítimas juntamente com o agressor, gerando um terror psicológico que impossibilita as mesmas de acessarem a justiça, permitindo que o crime continue em silêncio e o criminoso impune. E por fim, fiscalizar as pessoas que fazem parte do círculo social das crianças, uma vez que a grande maioria dos casos de abuso acontecem dentro da própria casa