Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a cada uma hora e meia uma mulher morre devido a violências sofridas por seus próprios parceiros, sejam eles namorados, maridos, amantes ou qualquer outro tipo de relação amorosa que possa existir, ocasionando em violência sexual, ameaças, força corporal, força física. E é a própria sociedade que a julga, mostrando a mulher não como ser humano, mas como coisa, possuindo assim, característica machista. Isso é a cultura do estupro, a qual se encontra muito presente na sociedade brasileira. O feminicídio é caracterizado pela morte da mulher em decorrência a conflitos de gêneros, simplesmente, pelo fato de ser mulher. O que, muitas das vezes, acaba sendo a culpada por ser violentada, estuprada pelo modo como se veste ou como se comporta. A cultura do estupro começa no nascimento, pois a partir do momento em que a criança nasce, ela já é imposta um comportamento de acordo com cada gênero. Por exemplo, se for menino espera-se que seja agressivo e a menina impõe-se que seja delicada; os homens sejam autoritários e as mulheres os obedeçam, tomem conta da casa, dos filhos e permaneçam caladas a cada insulto ou violência sofrida. Piadas racistas que demonstram a mulher como incapaz de dirigir um carro, administrar empresas, enfim, tentam impor que a sociedade não se desenvolve quando uma mulher possui qualquer tipo de poder que possa justificar a sua competitividade em relação aos homens. É importante ressaltar que a cultura do estupro não é só a violência física em si, mas sim vem de desqualificação intelectual, cantadas ofensivas, ou seja, tudo o que a mulher não permite. Portanto, é fundamental que hajam leis eficazes para punir os culpados por essas atrocidades e que exista nas escolas, da educação infantil ao ensino médio, orientações pedagógicas para que esse pensamento arcaico e machista deixe de existir, dando lugar, a real valorização da mulher e do seu papel na sociedade.