Título da redação:

A cultura do estupro e do assédio no Brasil

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 30/06/2016

Existe a cultura de estupro no Brasil? A culpa é da vítima? Além da cultura de estupro existir, grande parte da sociedade considera a vítima culpada e responsável pelo ato ocorrido. E infelizmente isso é exposto e tratado como algo normal, fazendo de tudo isso um grande motivo para o comportamento de indivíduos que o praticam. Em consequência disso, vítimas possuem medo, vergonha, transtornos físicos e psicológicos. No Brasil são conhecidas e muito pronunciadas, duas formas desse assédio. O moral, em que o indivíduo é agredido por palavras, por gestos horrendos e até mesmo forçado a determinadas atitudes, e o assédio sexual, em que na maioria das vezes o opressor viola o espaço físico do indivíduo. A maioria não possui muito entendimento sobre isso, e não sabem que por lei, atos como esses citados são crimes, e que podem, e devem ser denunciados. Além disso, há registros históricos de que tanto o estupro como outros tipos de assédio vem ocorrendo desde a colonização do Brasil, na época de escravidão, senhores brancos sentiam-se no direito de agredir de qualquer forma, suas mulheres e escravas, apenas por serem homens, e superiores a elas. Naquela época, crianças, mulheres e escravos não tinham voz sobre isso. Nos dias atuais isso já é conhecido como crime, e ainda muito praticado, por pessoas que se sentem no dever de intervir no direito de ir e vir de determinada pessoa, atos assim acontecem em escolas, faculdades, restaurantes, nas ruas e até mesmo dentro de casa. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) decretou o assédio como atos de insinuações, contatos forçados e convites impertinentes, podendo trazer uma maior tranquilidade para denuncias de atos pequenos que acontecem, mas que também podem causar constrangimento e humilhação. A cor da pele, o gênero, o estilo, a idade, classe social ou tamanho de roupa usado por alguém, não faz disso um convite para tal agressão. Perante a lei somos todos iguais, temos os mesmo direitos e queremos ser respeitados; com grandes campanhas oferecidas pelo governo, e pela mídia, podemos compartilhar experiências e trazer voz e conforto para que mais mulheres ou qualquer pessoa que já tenha sido ou é alvo do estupro e do assédio, possa sentir segurança de seus direitos, de poder denunciar, e a confiança de que a justiça será feita.