Título da redação:

A cultura de estupro no Brasil

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 11/09/2017

A falta de discernimento por parte dos homens para entender uma resposta negativa, somados à ideia ultrapassada de que as mulheres devem ser como propriedades, são os grandes motivos causadores dos casos de estupro na sociedade. No Brasil, hoje, embora a problemática não seja hodierna, se intensifica progressivamente, atingindo a vida de milhares de mulheres, a qual são obrigadas a conviver as consequências desse crime. É importante pontuar que a questão do estupro está muitas vezes relacionada ao uso de roupas curtas e uma intensa ingestão de bebidas alcoólicas por parte das vítimas, os agressores, por sua vez, associam, erroneamente, esses fatores como um convite ao ato sexual, caindo a culpa sobre a mulher na maior parte das vezes, evidenciando a necessidade que a sociedade tem de se depreender a certos estereótipos. Outro fator fundamental é o tratamento a qual muitas mulheres se sujeitam, dando a ideia que elas são simples objetos para os homens, sendo tratadas como troféus, demonstrando, desse modo, uma desigualdade de gêneros, passando uma imagem da mulher submissa ao homem, aumentando, assim, o problema. A falta de políticas públicas para o combate desse crime e para a conscientização da população é insuficiente ou, muitas vezes, inexistente. Nesse sentido, as taxas de estupros apresentam continuo e exponencial crescimento na sociedade brasileira. A problemática aumenta ainda mais conforme as vítimas realizam uma denúncia formal, caracterizada por um lento e burocrático processo, causando mais vergonha e repressão, tornando, entretanto, a etapa um processo ainda mais traumático. A problemática do estrupo, no Brasil, evidencia problemas estruturais e culturais. O terceiro setor –composto por indivíduos que buscam se organizar para obter melhorias para a sociedade- deve, por meio de palestras e grupos de discussão, mostrar que estereótipos não definem caráter, nem mesmo o desejo de uma pessoa, além de ensinar e incentivar as vítimas a realizar denúncias. Ademais, o poder legislativo deve reformular as leis para facilitar as denúncias, e não torna-la mais burocrática, por fim, o judiciário tem o dever de acelerar o processo para que a vítima não fique ainda mais traumatizada, tendo que reviver a experiencia diversas vezes.