Muito se discute sobre a cultura de estupro. O termo refere-se a uma suposta culpabilidade da vitima perante o crime, ainda que inconscientemente, pela maior parte da população. O tema repercutiu fortemente no Brasil após o caso de uma garota de 16 anos ter sido violentada por 30 homens, gerando portanto grandes debates sobre o assunto. Embora a sociedade contemporânea se caracterize pela sua alta tecnologia e abdicação de preconceitos, ainda carregamos culturalmente a ideia de inferiorização da mulher, assim como ocorria nas civilizações mais antigas. Segundo o filósofo Rousseau "O homem nasce bom, a sociedade o corrompe", aplicando isso ao tema, observa-se que homens não são estupradores em potencial, porém são ensinados a agirem como tal. Todo este conceito de superioridade é repassado às novas gerações sutilmente, em ações aparentemente normais. Além disso, os meios de comunicação objetificam a mulher através de propagandas que induzem pessoas a um pensamento dogmático, que se expressa inclusive através de outras mulheres, que por sua vez, não percebem que tais atos podem torná-las vítimas de julgamentos, preconceitos e paradigmas equivocados. Ademais, o Brasil carrega uma herança conservadora devido a colonização territorial e a vinda de jesuítas ao país, dificultando portanto mudanças e transformações sociais visíveis. Logo são necessárias medidas para resolver o impasse e evitar que a cultura de estupro continue se propagando. A curto prazo o governo deve criar leis mais rígidas e evitar a impunidade de tais crimes. Além disso, as famílias e as escolas devem fazer meninos e meninas se socializarem, ensinando a importância de se respeitarem independente de gênero ou opção sexual.