Título da redação:

Como fica o sabiá?

Tema de redação: A crise hídrica brasileira: sustentabilidade da sociedade e da gestão pública.

Redação enviada em 13/10/2015

É preciso considerar, antes de tudo, que é nítido o descaso dos políticos com o meio ambiente. De fato, os representantes do país privilegiam o plano econômico em detrimento da natureza, parecendo esquecer-se do quanto ela é fundamental à manutenção da humanidade. Hoje, o Brasil não é mais o mesmo do poema “Canção do Exílio” o qual Gonçalves Dias ressaltava como os bosques brasileiros têm mais vida. O desenvolvimento sustentável é uma solução para o impasse da preservação ambiental com a industrialização brasileira. Um país economicamente forte precisa crescer e modernizar o setor secundário da economia, mesmo que, para construir e ampliar as indústrias, seja preciso cortar as árvores; porém, esse processo deve ser controlado por ambientalistas para que o impacto do ecossistema seja o mínimo possível. Porque, como atualmente ocorre na cidade de São Paulo, o desmatamento desenfreado auxiliou na grave falta de fornecimento da água. A escassez de água não atinge somente os moradores, ela também afetou o ciclo econômico do estado, já que as indústrias também dependem desse líquido para o seu funcionamento. Com isso, o mau desempenho industrial pode acarretar em demissões uma vez que a fábrica não está lucrando tanto. A preservação da natureza serve tanto à estabilidade da cadeia ambiental como à da social, posto que as cidades não têm como se manterem caso aumente o desmatamento florestal, visto que são as árvores que ajudam na manutenção da chuva. Como foi mencionado o caso de São Paulo, uma solução para contornar a crise é por meio de uma política de reflorestamento por parte das empresas e do governo a fim de auxiliar no reequilíbrio climático. Haja vista que o ciclo de chuvas no Sudeste depende também dos “rios voadores da Amazônia” e essa região, segundo o “Greenpeace”,já teve 18% do seu território devastado. Fica evidente, portanto, que é preciso uma política ambiental sustentável em conjunto com os empresários, políticos e a população, para que haja um equilíbrio entre essas esferas. O Estado poderia fomentar a economia verde com a diminuição tributária para os empresários e as universidades que fizessem parceria com o objetivo de elaborar projetos, a fim de diminuir os impactos ambientas causados pela industrialização. Assim, a economia não se limita à falta de água, e, o sabiá, do poema de Gonçalves Dias, poderá cantar sem ficar com a garganta seca.