No relatório anual 20-F de 2012, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) afirmou o recorrente baixo índice pluviométrico no qual o Estado vinha enfrentando, decorrente dos excessivos desmatamentos e mudanças climáticas. Evidentemente, a crise hídrica enfrentada por toda a nação brasileira, veio mostrando resquícios em anos passados, porém só fora dada devida atenção no primeiro semestre de 2014, quando o problema já estava agravado. Costumamos dar uma cobertura mais consistente de um problema, quando há um colapso. A escassez hídrica veio de forma gradual, onde a conjunção de fatores naturais, políticos e econômicos são os principais causadores e percursores desse mal. A natureza sempre trabalhou de forma imprevisível. Por todo o mundo, observamos anomalias e oscilações climáticas, por vezes agravadas pela ação do homem. A exemplo a poluição, os Gases do Efeito Estufa e aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa desmatada por ano no Brasil. Por outro lado, temos a excessiva produção agrícola e industrial, regidas pela exacerbada demanda do mercado; o desperdício por parte da população, e, a falta de planejamento governamental. Há uma precariedade na construção de obras públicas interligando um sistema à outro e a manutenção recorrente em tubulações, pois de acordo com uma publicação no primeiro semestre de 2015 feito pelo jornal Folha de São Paulo, 37% da água tratada pelos municípios são desperdiçadas no percurso até chegar às torneiras, devido à falhas existentes. Por conseguinte, apesar do Brasil possuir a maior bacia hidrográfica do planeta (Amazônica) e a maior planície alagável do mundo (Pantanal), é preciso conscientização, conservação e a ação governamental. Campanhas educacionais e preventivas, devem ser priorizadas, com consequência de aplicações de multas rigorosas não só a população, mas às grandes indústrias e empresas agrícolas para com o uso exacerbado da água. Além de obras públicas para que consertem, conservem e produzam novas tubulações e reservatórios. Ademais políticas firmes com punições rigorosas ao desmatamento em todo o país, seguidos de um reflorestamento principalmente das matas ciliares.