Desde o século XVI, com a chegada da colonização portuguesa ao Brasil, cultiva-se a idéia de que seus recursos são infinitos. Não diferente com a água. A escassez desse bem vital tem se tornado cada vez mais recorrente à medida que o consumo aumenta. Portanto, é imprescindível a discussão da posição governamental e social diante da problemática. O Brasil é o país com a maior reserva de água doce do planeta, apesar disso, o país vem enfrentando a crise hídrica, o estado de São Paulo vem sendo referência na problemática, que sofre com o esgotamento do reservatório da Cantareira. Muito embora a região Nordeste já conviva com isso há anos. É sabido que o estresse hídrico não provém de apenas um fator. O conceito ‘’Água virtual’’ atenta ao fato de que nem toda água que consumimos é palpável, que há uma grande exploração do recurso no processo produtivo dos produtos nos quais consumimos diariamente. Além disso, grande parte da água é desperdiçada no curso da estação de tratamento até as residências, devido ao vazamento nas tubulações. Aliado a isso, há o consumo exacerbado das indústrias que muitas vezes utilizam equipamentos obsoletos que consomem mais água do que de fato seria necessário. O desmatamento da floresta amazônica é outro fator de grande contribuição, visto que reduz os índices de pluviosidade. A falta de consciência da população agrava esses fatores, os maus hábitos do manuseio do recurso está enraizada na sociedade, utilizando-se mais água que o necessário, tais como: Lavar a calçada, escovar os dentes de torneira aberta e tomar longos banhos. Pelo exposto, vimos que ninguém está isento de responsabilidade ecológica no âmbito hídrico. Portanto, fazem-se necessárias medidas para resolver o impasse. É imprescindível que os governantes forneçam um incentivo fiscal para as indústrias, afim de que renovem seus equipamentos para o mínimo de uso de água possível, bem como direcionar uma verba para garantir que as tubulações estejam intactas para a melhor distribuição da água, sem desperdícios. Ademais, faz-se necessária a implementação de campanhas públicas para alertar a sociedade acerca do uso correto, e também, palestras orquestradas pelo Ministério da Educação (MEC) para instruir crianças e adolescentes a como reutilizar a água e sua importância, para que desde cedo adquiram um pensamento sustentável. Fazendo assim, valer a premissa do filósofo Immanuel Kant: “O homem é aquilo que a educação faz dele.”