''A água é vida e princípio de vida''. A frase do filósofo da Grécia antiga, Tales de Mileto, evidencia a consciência e a importância fornecida a tal recurso hídrico. Entretanto, essa compreensão, atualmente, mostra-se obsoleta em uma grande parcela da população brasileira. Dessa forma, os transtornos desencadeados assolam todo o corpo social. Sendo assim, a ineficiência dos gestores públicos constitui uma das causas da crise hídrica brasileira. Em vista disso, as administrações governamentais implementam o racionamento da água para o uso doméstico, no entanto, a indústria e a agricultura ,as quais usufruem de aproximadamente 98% da água potável, não recebem medidas efetivas e direcionadas do governo para com esses setores, no que diz respeito ao consumo racional e ao reaproveitamento desse recurso. Somando-se a isso, a utilização inconsequente e habitual da água pela população contribui para o agravamento da escassez hídrica. Tratando-se disso, todas essas causas supracitadas são responsáveis por gerar graves problemas, tendo como exemplo, sobretudo, a estagnação econômica das regiões afetadas pela inópia de tal recurso, devastações de ecossistemas e a falta daquela para suprir as necessidades pessoais dos indivíduos. Fica evidente, portanto, que a importância ministrada ao ''arché'', princípio de vida, para Tales de Mileto, se contrapõe a consciência brasileira no que diz respeito a preservação desse meio imprescindível. A fim de atenuar o problema, é necessário priorizar o abastecimento das residências domésticas, com racionamento programado que inclua todos os setores, em especial, a indústria e a agricultura, obrigando-as a reutilizarem a água que consomem. Em complemento, introjetar campanhas publicitárias com a finalidade de conscientizar a população a mudar seus hábitos, por conseguinte, tendo o interesse de gerar um aproveitamento mais responsável desse recurso hídrico.