A vital importância da água já é de conhecimento de todos, mas ainda é tratada com irresponsabilidade por muitos que possuem uma visão individualista, crendo que não serão afetados pela escassez da água e que portanto, não é um problema deles. Algo que, infelizmente, foi comprovado pela macrometrópole paulista que não é verdade, com a crise hídrica no Sistema Cantareira que abastece 9 milhões de habitantes. Diferentemente do que muitos brasileiros pensam, a escassez de chuvas não é o único motivo para essa crise, existem diversos fatores que contribuem para a falta de água, dentre eles estão a poluição das águas superficiais e subterrâneas, desmatamento, distribuição desigual e principalmente a má gestão. Apesar do Brasil ser um país extremamente abundante em água doce - possuindo 12% da reserva mundial -, essa água está distribuída desigualmente, a exemplo disso, na região Sudeste a concentração da população brasileira é de 47% para 8% de água doce, sendo que a maior parte da água está destinada à agricultura e ao uso doméstico e com isso percebemos que o crescimento populacional nessa região gera uma maior demanda, a qual a oferta de água não consegue acompanhar. Mesmo continuando em uma situação alarmante, com o cessar do prolongado período de estiagem, houve uma sensação de problema resolvido por uma grande parcela da população, algo que está longe de ser a realidade, mas segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), 19% dos consumidores aumentaram o consumo de água, mesmo já havendo centrais de atendimento que recebem denúncias de pessoas que estão desperdiçando água em atividades banais e uma política de desconto para os que economizam e de multas aos que desperdiçam. Contudo existem projetos de reutilização da água, além da criação de estações de tratamento da água de esgoto, essa água de reúso é lançada principalmente nos mananciais hídricos para recuperação de rios. Mas acima de tudo para tentar preservar o pouco que ainda nos resta, é necessário tratar desse assunto como prioridade, construindo uma consciência ecológica em que todos fazem a sua parte, para que assim consigamos garantir esse recurso natural, de tamanha relevância nas nossas vidas, para a geração atual e futuras.