''Por falta d'água, perdi meu gado, morreu de sede meu alazão''. Há algumas décadas, Luiz Gonzaga compôs a música Asa Branca para chamar atenção para a problemática da seca no nordeste brasileiro. Em 2014, essa escassez hídrica atingiu outras regiões, sobretudo o sudeste do país. Nesse contexto, fazem-se necessárias medidas eficazes para reduzir o desperdício e assim, preservar a água. A água é uma substância química que possui importância vital para todos os seres. Apesar de ela representar 70% da superfície do planeta, sua quantidade disponível para o consumo corresponde a menos de 1%. Porém, nota-se que essa porcentagem vem diminuindo e a água de qualidade torna-se cada vez mais escassa. Isso ocorre devido ao desperdício constante da sociedade, à crescente demanda pela agroindústria e ao mau gerenciamento governamental desse recurso. De acordo com uma publicação feita pelo jornal Folha de São Paulo, 37% da água tratada pelos municípios é desperdiçada no percurso até chegar às torneiras. Outro fator que contribui para essa crise é a constante interferência humana no ciclo da água. O crescente desmatamento na Amazônia, por exemplo, provoca uma diminuição da evapotranspiração, o que impossibilita a atuação dos chamados ''rios voadores''-cursos de água atmosférica que levam a umidade da Bacia Amazônica para outras regiões brasileiras. Dessa maneira, a falta de abastecimento dos reservatórios de água trouxe prejuízos econômicos ao país, uma vez que as hidrelétricas são a principal fonte energética. Diante disso, para que ocorra a preservação da água é preciso buscar alternativas para evitar seu desperdício. Portanto, é necessário que o Estado fiscalize e aplique multas às indústrias e aos agricultores que desmatam áreas de preservação natural e/ou que não fazem o uso de técnicas de reutilização da água. Cabe às prefeituras locais incentivar as escolas a promoverem campanhas educativas capazes de alertar a sociedade sobre a importância desse recurso natural tão essencial à vida.