Segundo o filósofo Tales de Mileto, em uma de suas observações no rio Nilo,ocorreu a construção da seguinte teoria: Que o princípio universal das coisas é água.Dela se cria vida,como os alimentos ou até os seres vivos,e sem ela, é retirada.Embora seja uma observação rudimentar,esta tese se torna quase incontestável em nosso país conforme a decrescente falta dela. Atualmente vivemos em um momento de crise hídrica grave, bacias hidrográficas -entre elas o Sistema Cantareira- cada vez mais sofrem o processo de estiagem pelo consumo,poluição e os seus desperdícios,como o próprio vazamento de tubulações em determinadas regiões.E o problema não é somente climatológico,proveniente das práticas de desmatamento ocasionando a falta de chuva,mas a má administração sobre este recurso,que dentro da legislação,ainda existem algumas falhas jurídicas para a ligação direta da água de reuso com as redes de abastecimento. Países como a Namíbia e Cingapura possuem o modelo de utilização de águas tratadas de esgoto, e embora tenhamos a tecnologia necessária,muitas regiões brasileiras não possuem apoio e uma infra-estrutura ideal para o reuso de águas poluentes.O rio canal do Cunha em Benfica,no Rio de Janeiro, é um exemplo falho na reutilização de matéria prima, tendo o fluxo substancial orgânico em decomposição sendo jogado em natura,causando um terrível prejuízo para a população, tanto em saneamento básico quanto em desperdício de substrato. Portanto uma gestão mais aprimorada seria fundamental em nosso cenário.Os biodigestores de Petrópolis,no Rio de Janeiro, que armazenam água do esgoto e transformam em metano para gás de cozinha, a criação de precipitações para armazenamento na reutilização da água de chuva e juntamente a conscientização sobre como utilizá-la,são um dos exemplos que poderiam dissolver o problema em nosso país.