Título da redação:

Água: Fonte de vida

Tema de redação: A crise hídrica brasileira: sustentabilidade da sociedade e da gestão pública.

Redação enviada em 01/10/2015

A crise hídrica brasileira é um reflexo, dentre outros fatores, da falta de planejamento, políticas públicas ineficientes e da indiferença por parte da população. Nas últimas décadas a macrorregião de São Paulo vem sofrendo com a falta de chuvas, crescente nível populacional e consequente diminuição no volume dos mananciais, causando o estresse hídrico dos cidadãos. O agravamento desse problema traz à discussão, quais seriam os reais motivos dessa crise que afeta milhões de pessoas. Diferentemente do que muitos dizem, a água do planeta não está acabando, pois esta é responsável por formar 70% da superfície terrestre e se encontra em um ciclo infinito. Porém, apenas 1,2% dessa água é potável e está presente na superfície. O Brasil é o país com a maior capacidade hídrica do mundo, graças à aquíferos como o Guarani e o SAGA, Sistema Aquífero Grande Amazônia, os maiores do mundo, presentes em território nacional. No entanto, mais da metade da concentração de água do país está localizada em áreas que abrigam apenas 5% da população, o que torna evidente a má distribuição do líquido em solo brasileiro. A ideia de construir obras faraônicas que levariam a água desses aquíferos para as regiões que sofrem com as secas torna-se inviável. A floresta Amazônica através, principalmente, da evapotranspiração, é responsável por formar os chamados rios voadores, massas de ar húmidas que são distribuídas por diversas regiões do Brasil, colaborando na manutenção climática nacional. Logo, a devastação de partes desse bioma pode acarretar mudanças climáticas até mesmo no Sudeste Brasileiro. Atualmente, dados indicam que 30% da água transferida das estações de tratamento para as residências é perdida devido à sistemas de tubulação precários. Acompanhado da falta de investimento e planejamento por parte do poder público em relação a questão hídrica do país, presenciamos a indiferença de grande parte da população perante a gravidade da situação em que nos encontramos. O consumo doméstico é o segundo maior do Brasil, perdendo apenas para a agricultura, responsável por 70% da utilização desse recurso. Logo abaixo, a pecuária e a indústria encerram o processo de consumo. Portanto, torna-se necessária medidas eficientes de combate ao desperdício da água, como o investimento em novas tecnologias de transposição do líquido, evitando assim, vazamentos, melhor planejamento da gestão desse recurso por parte do governo, políticas públicas eficientes, de controle e acompanhamento dos recursos hídricos utilizados na agricultura, pecuária, indústria e nos domicílios, reflorestamento e preservação da floresta Amazônica e incentivo a população, nos meios de comunicação, pelo interesse no problema, não somente no Sudeste, mas em todo o país. Dessa maneira, sociedade e governo alcançarão juntos a sustentabilidade, preservando o recurso essencial para a vida.