O ano de 2015 foi alarmante para os brasileiros devido à falta d'água. Com a estiagem saindo da teoria e entrando no dia a dia da população, foi preciso criar mecanismos de economia de água, como o racionamento na sua distribuição. Mas só isso é suficiente para contornar a crise? Sem dúvida, a principal causa para a situação atual foi o descuido com o sistema hídrico como um todo, a medida que a taxa de desperdício de água para lavar carros, garagens, torneiras abertas é alta e que cerca de 37% da água tratada é perdida em vazamentos nas tubulações, fraudes e ligações clandestinas, segundo dados governamentais. Fato é que a crise vivenciada no início do ano exigiu medidas que iam além do racionamento, como a divulgação da limitação dos reservatórios de abastecimento e a instituição de campanhas publicitárias incentivando o uso de água de reuso para limpeza doméstica, por exemplo. Entretanto, assim que o período de estiagem se estabilizou, o consumo voltou a subir. Dessa forma, deve-se manter as atitudes emergenciais supracitadas pois, apesar de estável, a crise ainda perdura ; mas além dela, implementar medidas de caráter permanente. Ou seja, o racionamento, ainda que de forma mais branda, e as campanhas publicitárias visando ao consumo consciente devem permanecer durante o ano. Ademais, projetos de consertos de tubulações precisam de prioridade na pauta licitatória do governo, com o fito de conter o desperdício em larga escala. Assim, com uma ação conjunta entre sociedade e gestão pública, os impactos da crise serão minimizados agora e a longo prazo, possibilitando uma vida digna aos brasileiros.