A água potável e de fácil acesso é distribuída de maneira bastante desigual no mundo. Sendo que em algumas regiões, principalmente, nas de clima desértico, essa substância se tornou alvo de competições, exemplificado pelas Colinas de Golã, que estão sob um importante aquífero, que, desde 1967, é alvo de disputas entres israelenses e sírios. No Brasil, há uma abundância dessa água potável, especialmente, na região norte. Entretanto, mesmo nesse país tropical, existem áreas que estão em situação de crise hídrica. Situação esta, que tendi a piorar, se nada for feito. A base da economia brasileira são as commodities agrícolas, que geram problemas sociais, como a concentração fundiária e o trabalho escravo, e, também, ambientais. Exemplificado, pelo consumo insustentável de água, tendo em vista que, segundo a Agência Nacional de Água (ANA), 72% de toda água consumida no Brasil é usada na irrigação. Sendo que, boa parte dessa substância será exportada dentro do produto, a chamada “água virtual”, que causa alocação de um recurso hídrico, que poderia ser destinado às regiões que necessitem e que é “vendida” por um valor irrisório. Além da irrigação, outros dois fatores contribuem para a crise hídrica: o primeiro é a falta de conscientização da população, que ainda desperdiça muita água. E o segundo é a falta de gerenciamento do governo, visto que os rios estão sendo contaminados por esgotos sem tratamento e que milhares de litros estão sendo perdidos na distribuição da água, devido às tubulações antigas e mal instaladas. Como pode ser visto nos dados do Instituto Trata Brasil, que mostram que no ano de 2013 foram desperdiçados 6,5 milhões de metros cúbicos de água. Infere-se, portanto, que a crise de água pode ser amenizada por meio de gerenciamento e do uso sustentável. Sendo necessário que: a ANA, junto com os governos estaduais, troque a rede de distribuição de água, priorizando os sistemas mais antigos; as companhias de saneamento criem bonificações para a redução no consumo. Além disso, os cidadãos e as empresas podem construir redes individuais de tratamento do esgoto, sendo que o governo pode reduzir o IPTU dessas pessoas e diminuir os impostos sobre os materiais da construção. Quanto à irrigação, os próprios latifundiários podem construir um sistema de irrigação por gotejamento, que gasta menos água, o que aumenta o lucro da produção.