Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização dos portugueses ao Brasil, cultiva-se a ideia de que nossos recursos naturais são infinitos. No entanto, com a recente crise hídrica vivenciada em pleno século XXI pode-se perceber a não veracidade desse mito, haja vista a prejudicial ação do homem sobre a natureza que gera impactos tanto ambientais quanto sociais. A questão cultural se mostra presente, tendo em vista o desperdício que não ocorre somente por parte da sociedade, mas como também através das ações das indústrias. Segundo o site O Globo, a Sabesp perde em média mais de 30% da água potável pelos canos que a transportam. Mesmo com as diversas campanhas midiáticas durante a crise a resolução da problemática não foi aprofundada, visto que as divulgações não consideraram que a água para uso doméstico representa apenas 10%, sendo o industrial e o agropecuário os que utilizam a maior parte. Sendo assim, a importância de políticas sustentáveis que englobem todos na mesma causa se faz necessária. Ademais, a contínua ação do desmatamento influência na falta de água, por causa da redução da quantidade de árvores que são elementos importantes na propagação de chuvas. A distribuição de água também não é igualitária, mostrando a falta de preocupação para com esse que é o maior recurso natural que possuímos. Para Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir quando aprender a compreender todo o contexto ao qual faz parte. Portanto, o Poder Público deve investir melhor na fiscalização das empresas que trabalham com o tratamento da água, além de aprovar um projeto de lei que garanta a diminuição do desmatamento no Brasil, por meio da aplicação de multas vigorosas para quem violar a lei.