Título da redação:

A Asa Branca na nação verde e amarela

Tema de redação: A crise hídrica brasileira: sustentabilidade da sociedade e da gestão pública.

Redação enviada em 29/10/2017

“Por falta d’água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão”. Este é u m trecho da canção Asa Branca interpretada por Luiz Gonzaga, ela, por sua vez, apresenta o cenário de precariedade vivida pelo povo nordestino em relação à falta d’água. Atualmente é possível afirmar que essa é uma situação muito presente na vida de boa parte da nação brasileira não apenas da região nordeste do país. Tais condições de escassez podem ser explicadas pela má gestão dos recursos hídricos e não, apenas, por meio de requisitos ambientais. É inegável que a falta d’água em residências, indústrias, comércios, agricultura, em todos os setores sociais de um modo geral, é uma circunstância que traz, cotidianamente, expressivos transtornos, uma vez que, a água é um item indispensável para a maioria das atividades realizadas diariamente. Mas é importante salientar que a origem desse problema é, justamente, a má gestão que todos esses setores fazem desse elemento, como uso em excesso e sem consciência. Para ilustrar tal situação, o site Carta Capital, revelou que em fevereiro de 2015 o consumo de água, em São Paulo, aumentou 19%. Esta elevação deveria ter sido uma expressiva redução, já que, a crise hídrica estava no auge. Embora a origem principal do problema seja o mau gerenciamento do recurso, algumas pessoas acreditam, indevidamente, que a escassez de água se dá através de problemas de meio ambiente como a falta de chuva, o desmatamento e outras condições em geral. Vale salientar que tais requisitos ambientais contribuem com o agravamento do problema, mas não é caracterizado como cerne dele, conforme alega Pedro Salles: “a destruição da floresta é um dos fatores que contribuiu para causar a atual seca, mas não é o principal”. A crise hídrica vivenciada nos dias de hoje é, portanto, um problema relacionado à má gestão, tanto social quanto pública, do recurso. Para que ocorram melhorias na atual situação, cabe ao Governo Federal criar programas de sustentabilidade hídrica, com a finalidade de fixar gastos máximos por setores residenciais, comerciais, industriais e agrícolas que visem o pagamento de multas para áreas que ultrapassem tais valores prefixados por mais de uma incidência. É necessário, também, investir na educação do ser humano, posto que, de acordo com Immanuel Kant, o ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele, para isso, o Ministério da Educação deve acrescentar na grade curricular das crianças e jovens matérias que ensinam que a água é um bem importante e que deve ser utilizado com consciência e responsabilidade. Ademais, cabe ao terceiro setor – associações que buscam melhorias sociais – criar campanhas que ilustram situações que revelam com vida precária com escassez extrema de água através de aplicativos de celular e propagandas em redes sociais e de TV aberta.