O filme “Idiocracy” apresenta ao espectador um futuro distópico e à beira de um colapso global, abandonando completamente o pensamento científico. Do mesmo jeito, no Brasil há uma grande e emergente descrença nesse pensamento, sendo consequência direta do deficit na divulgação científica. Logo, podendo essa descrença ser danosa para toda uma sociedade, esse problema precisa ser combatido. Haja vista que atualmente há no Brasil uma escassez na divulgação do pensamento científico, deixando as explicações dos “porquês” para o senso comum, permitindo que os mitos criados preencham a falta da ciência. Assim, para o filósofo Paulo Freire, o senso comum, por ser uma curiosidade ingênua, pode levar à heteronomia. Portanto, sendo o senso comum o autor de diversas correlações errôneas entre eventos, o sujeito heterônomo, guiado por esse senso, coíbe-se de determinadas ações em virtude das superstições, como a ideia de que gatos pretos dão azar, tendendo evita-los. Dessa forma, a descrença no pensamento científico atrapalha a autonomia do sujeito, tornando-se heterônomo. Outrossim, o aumento do ceticismo com a ciência, além de intervir na autonomia do indivíduo, apresenta um grande perigo para o meio ambiente. Pois, atualmente o pesquisador brasileiro Ricardo Felício ganhou grande notoriedade com suas ideias que vão na contramão dos trabalhos sobre aquecimento global, negando que exista algum tipo de aumento da temperatura media da terra, não havendo problema na emissão de gases do efeito estufa. Sendo assim, a negação do pensamento científico apresenta amargos frutos para toda a humanidade. Destarte, a fim de combater o aumento do ceticismo no pensamento científico no Brasil, medidas precisam ser tomadas. Nesse sentido, faz-se mister a criação de palestras abertas para o público geral, em locais públicos, de modo a conscientizar a população da importância do pensamento científico e como ele pode ser um meio para atingir a autonomia e preservação ambiental, criando uma sociedade sustentável e autônoma, possibilitando mais avanços tecnológicos. Essas palestras podem ser propostas pelo Ministério da Educação e divulgadas por meio de propagandas televisivas. Por fim, os brasileiros se tornarão conscientes do mundo que os cercam, agindo de forma a evitarem quaisquer distopias.