Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A crescente descrença no pensamento científico no Brasil

Redação enviada em 20/07/2017

Em um planeta com mais de sete bilhões de habitantes cada pessoa escolhe aquilo em que deseja acreditar, seja influenciada por sua cultura ou por costumes fora de sua comunidade, a maioria dos seres humanos utiliza algum conhecimento científico para ajudar em suas decisões. Todavia, a ciência contesta a si mesma frequentemente, levando a discussões que podem ser perigosas. Como exemplificação recente, podemos citar a rejeição dos pais à vacinação dos filhos. Primeiramente, devemos entender que a confirmação de uma teoria se dá a partir da utilização do método científico, que é baseado na observação e experimentação para chegar a uma conclusão sobre determinado fenômeno. No entanto, as teorias não são imutáveis, ao contrário, estão em constante questionamento. Isso porque não conhecemos tudo sobre o mundo e uma nova descoberta não altera apenas sua área de estudo, mas várias certezas de outras áreas também. De fato, as várias mudanças nas teorias causa um assombro às pessoas estranhas ao método científico, pois pode deixar a impressão de que todas as descobertas são enganosas. Uma ilusão que pode se tornar perigosa à medida que se ignoram teorias importantes para a sobrevivência e bem estar da população. Uma amostra disso é a rejeição à vacinação dos filhos, fenômeno que vem adquirindo mais adeptos nos últimos meses. Não apenas devido a falta de conhecimento sobre os mecanismos de sua imunização, mas também pelos efeitos adversos raros, porém assustadores, que algumas vacinas possuem. Em entrevista à Revista Galileu, o infectologista Guido Levi informa a importância de todos estarem vacinados para atingir o efeito de imunização desejado. No entanto, algumas vacinas com efeitos controversos, como a Sabin (famosa "gotinha" contra a poliomielite), fazem com que pais assustados deixem de vacinar os filhos, aumentando o risco para toda a população. O medo, afirma Levi, pode ser consequência da própria eficácia da vacina. Uma vez que a doença se tornou muito rara, os pais não tem mais contato com ela e acabam por temer mais os efeitos adversos do que a própria doença. Contudo, não se pode obrigar os pais a vacinar os filhos, principalmente, quando a ciência não pode dar certeza de que os mesmos não serão as raras vítimas dos resultados colaterais. Ao invés de obrigar, deveria-se conscientizar com campanhas dentro das escolas, por exemplo, explicando o funcionamento dessas vacinas, não apenas às crianças, mas também aos pais. Mais que isso, também é necessário que haja maior investimento em pesquisas a respeito dos resultados indesejados desses medicamentos, buscando minimizá-los a cada ano e trazendo segurança às famílias.