Historicamente, a gênese da ciência moderna remete ao empirismo e às formulações matemáticas de Galileu Galilei. Desde então, esta se tornou o exemplo maior para o progresso do conhecimento humano e permitiu mudanças notórias na vida cotidiana. Contudo, observa-se que a ciência enfrenta obstáculos no Brasil, onde acaba por ocorrer a perda da confiança no progressismo do método científico. É indubitável que a aproximação entre os avanços da ciência e a população brasileira sofre reveses. Um exemplo foi a Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro do início do século XX, quando um médico sanitarista comandou uma política de vacinação obrigatória, a qual ocasionou conflitos com a população. Este ocorrido evidenciou a falta de informação da população da época e a negligência do governo, contexto este que é bastante atual. Além disso, através da manifestação de pesquisadores é possível reconhecer o distanciamento do governo quanto à ciência, uma vez que esta vem sofrendo várias tentativas de corte de verbas. Assim, surgem movimentos como a Marcha pela Ciência, cujo objetivo é estimular a valorização e a proteção da ciência em escala global. Por conseguinte, entende-se que é necessário melhorar a interação entre a ciência e a nação brasileira, visando à continuidade do progresso e da qualidade de vida em território nacional. Por fim, considerando a exigência da retomada da credibilidade do saber científico no Brasil, o Ministério da Educação pode encabeçar a inclusão de feiras científicas no sistema público de ensino, para promover a integração entre a população e a ciência em um contexto de consolidação do caráter individual. Por sua vez, a população pode se manifestar através das mídias e dos espaços públicos, com campanhas e retóricas, a fim de conscientizar a sociedade quanto às vantagens dos usos práticos da ciência, como a vacinação.