A disparidade entre fé e razão permeia a realidade brasileira desde seus primórdios. Nesse cenário, nota-se, intrinsecamente, a importância do pensamento científico, que é inerente ao progresso social em todos aspectos. Em contraponto, a descrença nesse agrava os impasses político-sociais no Brasil. Indubitavelmente, a Ciência potencializa as mudanças que permitem a ascensão nacional e, assim, explicita-se esse como substancial à essência progressista. De forma díspar, vigora-se, no Brasil, a Bancada Evangélica, que exponencia o caráter pseudo-laico do país, além de afastar esse da racionalidade requerida para objetivar a plenitude em âmbito escolar, político, financeiro e de saúde. Não obstante ao fato de a crença religiosa ser direito de qualquer cidadão, a tomada de medidas baseadas nessa obstrui o lema da Bandeira Nacional Brasileira: "Ordem e Progresso". Assim, evidencia-se, por exemplo, a negação das testemunhas de Jeová em transfundir sangue, mesmo sendo provado cientificamente sua eficácia. Portanto, a valorização do pensamento científico é imprescindível ao desenvolvimento brasileiro. A aceitação plena das teorias científicas deve ser atingida para evitar injustiças como a cometida com Galileu Galilei, que afirmava, corretamente, a esfericidade da Terra. Destarte, mostra-se necessária a intervenção pública enraizada nos dizeres aristotélicos: "A educação tem raízes amargas, mas seus frutos são doces." Assim, o MEC deve inserir a prática do método científico desde o Ensino Fundamental, promulgando sua valorização. Ademais, o Poder Legislativo deve restringir a influência religiosa no STF e, conciliado ao Estado, promover incentivos monetários para o desenvolvimento científico, sobretudo, à população infanto-juvenil, como o PIC, Projeto de Iniciação Científica.