Na Baixa Idade Média, a ascensão da peste negra na Europa causou uma série de mortes devido à contaminação de ratos transmissores da doença. No entanto, a população acreditava que sua causa fosse um castigo mandado por Deus. Atualmente, como um resquício de fé enraizada, ainda que haja muito mais acesso à informação que naquela época, há um persistente descrédito na ciência, desencadeando diversos problemas. A crença de que a vacinação pode causar autismo, ainda que sem respaldo científico, cresce a cada dia entre a sociedade. Consequentemente, mais pessoas ficarão sujeitas à doenças e a transmissão delas por uma “desinformação midiática”, pois o público não sabe filtrar bem aquilo que lê ou que ouve. A falta de confiança na política pode estar relacionada com a desvalorização científica, uma vez que o governo apoia e incentiva campanhas de vacinação bem como a ciência em si. Uma outra ideia conspiracionista ligada a isso é a de que o aquecimento global é uma farsa, tendo sido criado para diminuir o poder do sistema capitalista, ainda que haja um consenso entre os cientistas quanto a essa questão. A internet é a principal fonte de propagação de ideias ludibriosas e que não compactuam com a verdade, mas que por possuírem um teor sensacionalista acabam ganhando crédito. Sendo assim, para “blindar” o público, é importante que o Ministério da Educação e Cultura trabalhem com a divulgação científica em Instituições de Ensino, provocando uma nova forma de pensar. Além disso, é essencial que haja um maior investimento do Ministério da Ciência,Tecnologia, Inovações e Telecomunicações em pesquisa e produção científica brasileira, pois muitos desses pesquisadores estão indo para o exterior em busca de oportunidades. Somente assim a luz da ciência prevalecerá sobre a escuridão da ignorância.