Veganismo é o termo que nomina um estilo de vida escolhido por muitos a fim de proteger os animais. Por amor a estes, milhares de pessoas têm se abstido do consumo de carne bem como de todos os produtos de origem animal, tais como o leite e os seus derivados. Aparentemente as pessoas que adotam esse estilo de vida não prejudicam ninguém. Mas, ao privarem-se da vacinação, devido a esta ser testada em animais, esse grupo de pessoas pode apresentar uma ameaça. Por outro lado, não são apenas os vegans que ignoram a medicina e suas ciências. Hoje, é cada vez mais comum grávidas tomarem a decisão de parir em suas casas, longe de UTI neonatal e médicos. Percebe-se então uma crescente descrença na necessidade das ciências e do uso das suas descobertas. Consequentemente, a mortalidade de mulheres em trabalho de parto tem aumento e o número de crianças não vacinadas tem assustado. Nota-se, portanto, que o Brasil acostumou-se de tal forma com os benefícios trazidos pela ciência que de repente esqueceu-se que tais benefícios só foram alcançados devido a ela. A geração atual, desde o seu nascimento tem gozado do uso dos antibióticos, da imunização de doenças que provocaram verdadeiras matanças no passado, da facilidade ao acesso a uma cesariana segura. Assim, sem a lembrança de um passado macabro, os brasileiros de hoje pensam que são independentes da ciência, pois a segurança parece-lhes normal e não uma verdadeira conquista. Em linhas gerais, o Brasil descrente na ciência é fruto do desconhecimento do Brasil passado, aquele destituído de ciência. Portanto, introduzir no ensino de biologia e sociologia a história brasileira, no que concerne à medicina e suas ciências é algo primordial, pois o conhecimento é sempre o primeiro passo para a solução de um problema. Além disso, divulgação da importância de usar os benefícios da ciência é também necessário.