A ciência corresponde ao conjunto de pensamentos estabelecidos por meio de um método científico, isto é, um processo em que são pré-estabelecidas etapas para que se chegue a uma conclusão segura sobre algo. Em razão de toda essa criteriosidade, o pensamento científico desde seu surgimento, que remota aos primeiros filósofos, os pré-socráticos, teve certo prestígio na sociedade. Todavia, atualmente, no Brasil, percebe-se uma crescente descrença na ciência. O período que vai dos séculos XIV ao XVI ficou conhecido como Renascimento e durante essa época aconteceu a chamada Revolução Científica, em que a ciência separou-se do pensamento religioso. Vale destacar que esses dois não devem necessariamente se contrapor, no entanto, essa rixa existe porque a religião não exige um método para alcançar uma conclusão. Apesar deste distanciamento, parecia que desde então a popularidade científica só fazia crescer, até que esse crescimento parece ter estagnado atualmente, mas quais os motivos dessa transformação? Primeiramente, é preciso dizer que o pensamento científico está em contínuo processo de construção, de modo que o que hoje é verdade pode não ser amanhã. Por conseguinte, muitas pessoas não conseguem confiar completamente na ciência, bem como em suas recomendações. Outro ponto diz respeito ao grau de desenvolvimento de um país. Uma das principais características dos países subdesenvolvidos, a exemplo do Brasil, é a desigualdade social, em decorrência dessa questão a população mais carente não é beneficiada pelos avanços científicos, uma vez que, não chegam a ter acesso a eles, o que leva a uma descrença a respeito da sua eficiência. Apesar desta atual desconfiança por parte dos brasileiros, é inegável o quanto o meio científico auxilia no desenvolvimento de uma nação. É preciso, portanto, recuperar esta confiança. Para começar, o Ministério da Saúde em parceria com o da Educação deveriam disponibilizar cartilhas com uma linguagem mais acessível sobre as recentes descobertas científicas a fim de assegurar a confiabilidade daquelas propostas ou teorias às pessoas. Ademais, as multinacionais, que já fazem parcerias com universidades, formandos os tecnopolos, poderiam ampliar sua área de atuação às comunidades menos favorecidas por intermédio de parcerias com as escolas públicas com o intuito de aumentar o acesso dessas pessoas aos avanços proporcionados pela ciência.