Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A crescente descrença no pensamento científico no Brasil

Redação enviada em 10/06/2017

As desconfianças e renúncias em relação às vacinas existem desde o surgimento da primeira imunização, a da varíola, que desencadeou a Revolta da Vacina, gerada pela desinformação da população a respeito dos aspectos positivos dessa. Essas incertezas do século XIX tornou-se mais comum do que se imagina e crescem ano após ano. Casos tais quais o da mãe Mariléia Amaral, a qual alegou que sua filha mais velha desenvolveu autismo após tomar a vacina da febre amarela, demonstram que o sentimento de insegurança quanto a credibilidade da ciência está ascendendo. Como analisado pelo infectologista Guido Levi, membro da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), quando histórias como essas surgem, vão se formando grupos que acreditam em informações falsas e que ficam mais suscetíveis às epidemias, já que preferem não tomar a vacina para se prevenir dos efeitos colaterais. Além disso, a falta de informação e de procura por estudos comprovados contribui na propagação desse tipo de informe. Com isso, surgem cada vez mais teorias da conspiração divulgadas na internet que consequentemente deixam as pessoas confusas. Essas acabam formando indivíduos com concepções errôneas que podem acarretar em algo negativo para a sociedade. O problema está quando uma pessoa encontra dados falsos na rede e decide tomar uma decisão baseada neles, caracterizando o efeito de manada, no qual o homem realiza uma ação fundamentada no fato de que o outro já o fez, deixando seu pensamento individual para formar um pensamento coletivo. Logo, a fim de resolver esses problemas, são necessárias novas medidas. O Ministério da Saúde deve realizar campanhas de vacinação mais completas, as quais devem explicar de maneira sucinta e direta o objetivo dessa e devem informar os possíveis efeitos colaterais, fornecendo mais informações à população, convencendo-a de que a imunização é segura. Ademais, para ter um maior alcance populacional, o Poder Executivo deve enviar profissionais especializados na área de doenças às escolas, com a intenção de expor tanto ao corpo docente quanto aos alunos os meios para se proteger corretamente dos vírus, tirando todas as dúvidas que surgirem a respeito. Assim, formariam-se cidadãos esclarecidos e saudáveis.