O nascimento da filosofia mudou a forma de pensar na Grécia Antiga, ao se afastar da doxa (opinião) e buscar um conhecimento fundamentado na razão. A ciência, de forma análoga, também busca a máxima racionalidade do pensamento e prima pela transformação do mundo a fim de facilitar o cotidiano do homem. Dessa forma, trouxe inúmeros avanços nas áreas da medicina e tecnologia, apesar da comunidade cientifica brasileira sofrer grande descrédito atualmente. Isso deve-se, em partes, pela crise econômica que o país enfrenta, acarretando na diminuição dos investimentos nessa área. O orçamento do Ministério de Tecnologia, Comunicações e Inovação sofreu cortes de 44%, fato que gera diminuição nos números de pesquisa no ramo e afeta grandes institutos, como a Fundação Oswaldo Cruz. Perante isso, foi realizada a “Marcha pela Ciência”, como forma de protesto a tais cortes. Tal atitude é agravada pela visão de que a ciência não é um investimento, e sim um gasto. Grande parcela da sociedade não a associa com a tecnologia empregada em produtos e serviços; como a produção de vacinas, a tecnologia do Pré-Sal e principalmente no agronegócio, com a biotecnologia e alimentos transgênicos. Por isso, precisa-se estimular a percepção da importância dessa prática, divulgando conteúdo científicos em linguagem acessível em programas de televisão, blogs e jornais; além do estimulo aos centros de pesquisas na universidades, tendo os governos federais que aumentar as verbas destinadas as mesmas. Outro empecilho são as bancadas conservadoras no Congresso, que querem tornar obrigatório o ensino do criacionismo nas escolas, apesar do Brasil ser um país laico segundo a Constituição Federal de 1988. Dessa forma, as crianças são expostas a uma doutrina baseada na fé, se contrapondo ao papel da escola de trazer o conhecimento científico para a sociedade, o qual se fundamenta em evidências e métodos rigorosos, estimula o senso crítico, e autonomia intelectual, sendo de suma importância na formação intelectual das crianças. Assim, o descrédito científico será minimizado quando a população tomar consciência da importância da ciência para o desenvolvimento tecnológico e humano da sociedade, mas isso só será possível quando essa adquirir uma linguagem acessível ao público leigo e seu ensino for estimulado nas escolas. Ademais, o atual governo deve evitar cortes de gastos no orçamento do Ministério de Tecnologia, Comunicações e Inovação, para que esse ramo possa se desenvolver cada vez mais no país.