Em meados do século XIX e começo do XX surgia na França uma doutrina filosófica, sociológica e política, que permitia a interpretação das ciências por meio de comprovações baseadas no método científico. Assim, a expansão do positivismo chegou ao Brasil por volta de 1850, e se deu em vários setores da sociedade brasileira trazendo benesses a população. Contudo, o que se observa hoje, é um cepticismo em relação ao pensamento científico brasileiro. Urge, criar mecanismos de transformação de tal problemática. Nessa perspectiva, há uma forte influência ideológica ligada a religião. Esse conflito esteve presente desde o Renascimento, no qual propunha aos homens uma busca pela racionalidade em oposição ao empirismo religioso, assim propagava-se a colisão entre Igreja versus Ciência. Na pós modernidade então, temos o conflito acerca da origem da vida, uma corrente mais conservadora debate contra a teoria de Darwin o qual propõe a evolução das espécies. Reflexo desse dilema, o Datafolha apontou que 59% dos brasileiros creem em evolução guiada por Deus enquanto 8% consideram-se evolucionistas apenas. Logo,esse descredito possibilita um não avanço científico no país. Corrobora ainda para o emblema, o forte desestímulo a prática das ciências. Dessa forma, a dificuldade de estimular o gosto pela ciência, acrescidos da escassez de investimentos resulta na formação de uma menor comunidade científica brasileira. Prova disso, no exame do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), um dos piores desempenhos do Brasil é em ciências ocupando o 59 lugar entre 65 países. Nesse sentido, é notório, um falho ensino científico no país, cujo implica no seu desenvolvimento técnico cientificista expondo o Brasil a categoria de emergente. Lidar com a desconcertante descrença científica no Brasil, portanto, requer medidas concretas. Para tanto, é papel do Estado dobrar o investimento nos financiamentos de pesquisas dos alunos, para que sintam-se motivados pelo serviço ofertado. Ademais, o setor privado pode ajudar na construção de museus e centros de ciência a fim de que estimule uma cultura científica que não existe. Dessa forma, pois, vislumbrara-se do que disse Aldous Huxley ''A ciência não passa de bom senso exercitado e organizado.