Pai do racionalismo moderno, René Descartes mudou o pensamento da antiguidade e uniu o pensamento racional à matemática para trazer o conhecimento perfeito. Já na atualidade, é lamentável saber que após vários anos tentando aperfeiçoar o conhecimento científico, antigamente, feito pelos filósofos antropológicos, hoje, a descrença no pensamento científico cresce. No Brasil, alguns desafios impedem o crescimento de mentes que prezem pela ciência como a ausência do reconhecimento profissional tanto em vertente salarial quanto no estímulo ao desenvolvimento da profissão. Primeiramente, o crescente descrédito no avanço científico brasileiro se dá pelo fato de que o Governo Federal não reconhece o salário digno de um profissional científico, seja ele médico, engenheiro e entre outros. Tampouco dá incentivo para que esses aperfeiçoem as suas habilidades com mais laboratórios, equipes e custeamento de pesquisas. Segundo Jaílson, servidor do Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, o atual orçamento do MCTIC está no mesmo nível de 2001. Ademais, por ter poucas universidades de qualidade, o Brasil forma excelentes profissionais que se veem desmotivados com a realidade da situação brasileira. E, sem acreditação e estímulos eles emigram para países que os reconheçam e invistam em suas carreiras. É o caso da “evasão de cérebros”, uma vez que avistam oportunidades de alavancar a sua carreira e fazer do seu nome o de um profissional renomado, o Brasil acaba perdendo o seus brilhantes encéfalos para os Estados Unidos e para à Europa. Além disso, para essas potências mundiais é vantajoso apoiar o desenvolvimento científico daquele profissional. Visto que o cientista adquire conhecimento, especializa-se em determinada área sem gerar custo algum para eles. Igualmente, os profissionais chegam preparados, na maioria das vezes, com o seu projeto de pesquisa elaborado aguardando apenas a confirmação do seu novo local de trabalho. E, muitas vezes, a tecnologia que aquele brasileiro desenvolveu no Brasil, mas concretizou-se no exterior por apoio e investimento de outro governo, acaba sendo comprada pelo Brasil. Medidas são necessárias, portanto, para resolver o impasse. Caso o Brasil queria destacar-se internacionalmente, é necessário que haja investimentos por parte do Governo Federal ao MCTIC para que este invista em universidade com custeamento de laboratório com tecnologia de ponta, equipes especializadas e reconheça melhor o salário dos fascinados pela ciência para aguçar, mais, o saber dos pesquisadores brasileiros, e, amenizar a descrença do pensamento científico brasileiro e a evasão dos cérebros geniais.