A ciência é a ferramente de desenvolvimento do ser humano. É por meio dela que doenças, pragas, obstáculos e outros fatores são superados. Dessa forma, em um contexto como o do Brasil, a falta de investimentos na ciência se caracteriza como um retrocesso. Considerando o cenário político atual em que o Estado busca a constante diminuição de gastos, a concessão de privilégios, grandes esquemas de corrupção e gestões mal feitas tem como consequência a desvalorização da ciência e a diminuição de investimentos nessa área como forma de aumentar a arrecadação, ao invés do combate aos problemas citados. Anualmente, o Estado brasileiro perde 2,3% do seu PIB (Produto Interno Bruto) em práticas de corrupção. No entanto, os gastos com investimentos em ciência, em 2015, não passaram de 0,63% do PIB. Gastos com subsídios, por exemplo, equivalem a 6,4% do PIB. Em comparação com outros países em desenvolvimento, como os países integrantes do BRICS, grupo do qual o Brasil faz parte, os gastos brasileiros são consideravelmente mais baixos na área da ciência. Dessa forma, fica claro que o país passa por uma grave crise de gestão. Nesse contexto, é importante entender que a ciência é nosso futuro, nosso presente e nosso passado. Assim, ela é a responsável pela nossa compreensão do que somos, de onde viemos e para onde iremos. Por isso, o investimento em pesquisas se torna de extrema necessidade para uma sociedade com tantos problemas sociais como a brasileira. Em um cenário de grandes mazelas sociais, é importante compreender que o desenvolvimento científico anda de mãos dadas com o desenvolvimento social de um país. Logo, cortes na ciência são cortes diretos a longo prazo na população. Considerando esses fatores, é extremamente necessário que a sociedade eleja candidatos que tenham pautas favoráveis a investimentos na ciência, gerando como consequência uma estabilidade maior no ramo de cientistas e solucionando diversos problemas da sociedade. Por parte do Governo Federal, é importante que cortes de gastos para equilibrar as contas públicas não sejam feitos em cima do Ministério da Ciência e Tecnologia, e sim em privilégios estatais e esquemas de corrupção. Desa forma, a ciência terá maior visibilidade e as universidades públicas e empresas de pesquisas poderão continuar trabalhando no nosso futuro.