O poder da ciência é um fato imutável. Na Grécia clássica, filósofos como Aristóteles e Platão revolucionaram o pensamento humano, até então baseado em mitos. A razão, acompanhada pela matemática, pela crítica e, principalmente, pela busca incessável de conhecimento, levou o mundo as diversas revoluções vividas até o século atual. No século XVIII uma corrente revolucionária denominada Iluminismo viria a transformar toda a Europa Ocidental em um berço científico, motivado pela arte, pela escrita, pela leitura e pela criação. O fim de um pensamento regido pela Igreja, assim como a libertação do homem para pensar e criar, influenciou o mundo todo, sendo essa corrente um ideal presente em revoluções como a Farroupilha no Brasil, a independência dos EUA etc. O fato é que a ciência é uma arma tão poderosa a ponto de libertar o homem de sua caverna e mostrar a ele que há fora dela, um mundo vasto e mil possibilidades. No Brasil, a ciência parece passar despercebida para a maioria do povo. Vive-se em um país em que, de certa forma, elitizaram a ciência no pensamento de quem não possui muito contato com ela, como estudantes de periferias, ou de regiões ermas, os quais representam mais da metade da população. Além disso, vê-se a desvalorização por parte de muitos, e tudo isso é acentuado pela falta de investimento na educação. No ano de 2014 o projeto ‘’ Ciência sem fronteiras’’ foi oficialmente cancelado por falta de verbas para o envio de estudantes para países estrangeiros. Em 2017 entra em pauta a terceirização de professores, a qual tiraria a autonomia de um professor dentro de sala de aula e modificaria a relação patrão-funcionário atual. Tudo isso demonstra que, no Brasil, a educação fica sempre em segundo plano. O desinteresse pelo saber é plantado na população brasileira desde o berço por muitos, criando uma repulsa pelo aprendizado, uma conformação em permanecer ignorante à acontecimentos políticos e sociais do país e do mundo e tudo isso graças à falta de oportunidade, à falta de investimento e de incentivo para jovens e adultos brasileiros. A ideia de que ciência é unicamente tecnologia, matemática e vertentes desta é uma ideia completamente distorcida, pois tem-se, na ciência, a autonomia de pensamento, seja ele religioso, filosófico, social ou cientifico. No mundo afora, brasileiros sao reconhecidos em faculdades prestigiadas como Harvard, Oxford, MIT, as quais acreditaram no potencial desses alunos e na formação que eles poderiam ter. Engenheiros, médicos, arquitetos, todos muito bem reconhecidos por todos menos pelo seu próprio país. Portanto, ao relatar todo o potencial que o Brasil pode ter mas o desperdiça, nota-se que, primeiramente, deve haver incentivos financeiros destinados unicamente à educação, sejam eles estatais ou privados. Ademais, reformas no sistema de ensino que incentivassem projetos científicos envolvendo âmbitos como arte, filosofia, matemática, robótica etc e nao só o sistema imutável das 9 matérias atuais seriam de extrema relevância para o desenvolvimento do interesse de aprendizado em crianças e jovens.