O desenvolvimento da escrita na pré-história, foi um fator de permitiu os avanços em diversas áreas da humanidade, especialmente na passagem do conhecimento científico entre as gerações. Entretanto, foi somente no contexto do renascimento científico, na Idade Moderna, que esse pensamento foi ampliado, contribuindo para a evolução humana até os dias atuais. Contudo, com o surgimento do capitalismo, até mesmo o método científico sofreu influências negativas advindas desse sistema. Em primeiro lugar, é indubitável reconhecer o pioneirismo da ciência na melhoria da qualidade de vida da população mundial ao longo dos séculos. Com a invenção da vacina, por exemplo, foi possível erradicar doenças incontroláveis, como a epidemia de varíola no século XVIII. Além disso, graças à ciência, o homem chegou à lua e houve diversas descobertas tecnológicas e sociais. Embora existam diversas características positivas, a igreja cristã e a ciência vivem em constantes conflitos, devido à divergência de ideias entre ambas, principalmente em assuntos polêmicos, como o aborto. Por outro lado, a atual “comercialização” da ciência causa desconfiança entre os cidadãos, o surgimento de novas doenças e a medicalização de situações antes tidas como normais, são fatores que ampliam ainda mais a crítica e levam à questionamentos por parte da população sobre os dogmas científicos, que são impostos diariamente. Segundo o sociólogo e filósofo Bruno Latour, o que entendemos como ciência, é um conjunto de acordos e disputas entre cientistas e mercado, ou seja, a natureza como conhecemos é apenas uma invenção, que sofre mudanças constantemente. Dessa forma, portanto, fica claro que o método científico deve passar por mudanças capazes de gerar confiança no meio social. Desse modo, cabe ao Ministério da Saúde à fiscalização com o intuito de impedir a comercialização exacerbada de medicamentos sem necessidade. Ademais, o MEC deve instituir palestras no âmbito escolar com o objetivo de conscientizar os estudantes sobre o pensamento crítico, capaz de despertar o interesse pela ciência e ao mesmo tempo distinguir o que é coerente ou não, respeitando o limite e a crença de cada um. Por fim, o governo deve controlar a emissão de campanhas publicitárias nos meios de comunicação que estimulam a venda de uma “necessidade” imposta pelo meio científico.