Para todo acontecimento existe uma razão. Fatores endógenos e exógenos, e ainda, muitas das vezes, insuficientes para erradicar o crescente agnosticismo no pensamento científico. Cesare Lombroso — médico, psiquiatra, criminólogo — debruçou- se durante anos de sua vida tentando entender o porquê do homem praticar crimes. Usando em seus métodos científicos fontes do Darwinismo, defendendo a tese de que o homem criminoso era o atávico (com atraso no processo evolutivo), tendo para isso uma hipótese explicativa, qual seja: investigando o arquétipo do criminoso, traços morfológicos corporais, orelhas de abano, queixo protuberante, cabelos desgrenhados, desmazelo — reflexos comportamentais esteriotipados — apontavam para o fato de que alí existia uma pessoa que não evoluiu direito. Propensa a cometer crimes devido a não conteção dos impulsos primitivos os quais relacionados aos conceitos Freudianos. O genoma do criminoso, a testosterona relaciona a agressividade. Todas essas determinações endógenas seriam a razão. Por outro lado, com o acúmulo de dados, nas observações e nas experimentações, sempre surgem postulados com influências exteriores ( exógenas) não menos científicistas mas mais empíricas. Influências relacionadas ao convivío social, mimetismo,o processo de imitar práticas implicando diretamente nas ações comportamentais do homem dentro de um contexto e duma sistemática de observação dos fenômenos . A despeito disso, no Brasil, é de fácil entendimento por exemplo,a crescente descrença no pensamento científico ao lançarmos luz sobre o que ocorre, hoje, na medicina. A rigor o senso crítico, a liberdade no pensar, produtos das relações humanas, são fatores externos que censuram certas imposições. A recusa por parte dos pais em vacinarem seus filhos está plenamente justificada frente à péssima imagem dada pelo sistema de saúde brasileiro, em face a fraudes ( medicamentos adulterados ou vencidos) e ainda imperícias médicas (má execução das atividades no dia a dia). Resultando em medo e descrença no pensar na ciência e seu precípuo papel em benefíco à humanidade. Ademais o pensamento científico não dará conta do satifatório convencimento, pelo simples fato da natural insuficiente instrumentalização da ciência e o contraponto empírico da vida cotidiana (fugindo do total domínio científico). Mas outrossim, uma forte cobrança pelo Ministério da Saúde em face à ANVISA coibindo fraudes aliado a um posicionamento mais humanitário e menos capitalista ( neoliberal) por parte do MEC exigindo currículos, nas faculdades, os quais se debrucem sobre os leitos ( mão na massa ) em detrimento do excessivo enfoque a tecnologias. (o tratar mais o doente e menos a doença ) decerto minimizaria, no Brasil, esse foco de descrença no pensamento científico refletida, em questão, na péssima imagem da atuação científica e a consequente recusa dos pais à vacinação de seus filhos.