Nos anos 1950, no governo do presidente Juscelino Kubitschek, houve a construção, ampliação e melhoramento de rodovias, o que estava interligado com a entrada do ramo automobilístico no Brasil. O que na época foi um grande avanço, hoje se tornou um problema devido a grande concentração de veículos nas estradas. Segundo uma pesquisa realizada pelo IBOPE em 2015, 59% dos entrevistados afirmam que a lotação dos ônibus aumentou em São Paulo. Este é um dos motivos pelo qual a população acaba por trocar o transporte público pelo transporte privado causando aumento do trânsito, principalmente nas grandes cidades que contam com uma concentração desproporcional ao de outros municípios. Entretanto, o mal serviço do transporte público não é a única razão do uso de veículos próprios sendo que o brasileiro vincula a posse de um carro ao sucesso, tendo assim a necessidade de ter um automóvel e usá-lo apenas pelo status. Convém lembrar ainda que existem outros meios de transporte que podem ser considerados como por exemplo a bicicleta. Porém antes desse meio alternativo ser adotado é necessário que haja um reforço na segurança dos ciclistas contado com a aplicação de mais quilômetros de ciclofaixas e a fiscalização das mesmas com o intuito de evitar acidentes. Deve haver, portanto, um acesso democrático a todos os espaços urbanos e isso só pode ocorrer se houver uma reforma no modelo de custeio do transporte público, onde haja maior contribuição do governo para que a qualidade melhore. Além disso é importante a participação das mídias com campanhas de conscientização para transformar o ato de dar carona em um hábito. Tais medidas podem, além de melhorar a locomoção, ainda ser um ganho para o meio ambiente e a saúde da população.