Título da redação:

O direito de ir e vir

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 09/09/2016

Desde a explosão da Segunda Grande Guerra, que propiciou a industrialização do Brasil e assim a formação dos grandes centros urbanos na década de 40, há um aumento na frota de veículos como opção de mobilidade, uma vez que a estrutura dos transportes públicos é precária e, além disso, há uma cultura que preconiza o carro próprio para deslocamentos. Entretanto, o aumento considerável causa uma superlotação das vias e gera engarrafamentos. É indubitável que a crescente crise da mobilidade urbana brasileira é motivada principalmente pela precariedade dos transportes públicos das cidades, pois há superlotação e demora em chegar ao destino. Não obstante, há falta de infraestrutura que facilite o transporte dos ciclistas, que muitas vezes, devem se arriscar em meio aos carros no trânsito. Desse modo, há uma preferência pelo automóvel, devido a sua comodidade e segurança. Outrossim, o fato social age como impulsionador na escolha do transporte urbano. Segundo Émile Durkhein, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar dotada de generalidade, exterioridade e coercitividade. Segundo essa linha de pensamento, se um indivíduo nasce numa família que prioriza o carro como melhor meio de transporte e de ascensão social, ele tende a adotá-lo devido à vivência em grupo. Assim, a cultura do uso de automóveis perpetua-se entre as gerações, de modo a agravar os congestionamentos. Entende-se, portanto, que a crise da mobilidade urbana advém da falta de infraestrutura e do fato social. Em vista disso, o Ministério da Infraestrutura, juntamente com as prefeituras, deve ampliar ou implantar coletivos do tipo BRT-ônibus rápidos e com alta capacidade de passageiros, por terem uma via exclusiva- e ampliar as ciclofaixas. Simultaneamente, o Ministério da Educação, deve realizar palestras e entrega de cartilhas nas escolas sobre a necessidade do uso de transportes alternativos, de modo a conscientizar os futuros condutores. Dessa maneira, haverá uma melhor mobilidade urbana e os cidadãos poderão exercer plenamente o direito de ir e vir.