Nos últimos anos o aumento no número de veículos automotores no Brasil foi 10 vezes maior que o aumento da sua população: enquanto a população aumentou cerca de 12,2% numa década, o aumento do número de veículos motorizados foi de 136,8%. Como consequência elevaram-se os transtornos como congestionamentos, acidentes e mortes em ruas e avenidas. A principal causa dos problemas de mobilidade urbana no Brasil é o uso do transporte privado em detrimento do coletivo embora este último também apresente dificuldades como superlotação, demora para transportar e o risco de ocorrerem assaltos. Esse aumento no uso de veículos como carros e motos deve-se a fatores como: má qualidade do transporte público, aumento da renda media do brasileiro dentre outros. Ônibus, metrôs e trens sempre lotados, congestionamentos, acidentes, mortes, motoristas impacientes, passageiros no ponto a espera de um ônibus que nunca passa, esse é o enredo diário do caos conhecido como mobilidade urbana. Para piorar ainda mais a situação, os rumos das politicas continuam privilegiando a circulação de automóveis e o modelo rodoviarista, responsável pela atual crise da mobilidade. Apesar dos constantes discursos acerca da priorização dos transportes coletivos, a destinação dos recursos públicos demonstra a continuidade do investimento para a circulação de automóveis. As diferentes esferas de governo financiam diretamente a produção de uma mobilidade urbana excludente, centrada na cultura do automóvel em detrimento da valorização do transporte coletivo. Como exemplo podemos citar o investimento de empresas ne motoboys em cidades muito engarrafadas para garantir entregas de produtos no prazo correto. É evidente, portanto, que existe uma enorme barreira a ser ultrapassada para que se possa acabar com o caos da mobilidade urbana. Desse modo, o governo deve estimular o uso aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de suas qualidades e eficiência e do desenvolvimento de um trânsito focado na circulação desse veiculo. Além disso, incentivar a utilização de bicicletas, principalmente com a construção de ciclovias e ciclofaixas . Por fim, cabe a população se conscientizar do problema que é a mobilidade urbana e passarem a optar pelo uso do transporte coletivo em detrimento do privado.