É inegável que, no Brasil, a questão do crescimento da mobilidade urbana suscita debates sociais que levem a alternativas para o problema, tendo como foco de discussões o uso excessivo de carros, que são os principais causadores de congestionamentos no trânsito. Ademais, é fator agravante do problema a falta de vias de acesso para transportes públicos e ciclistas, que são as possíveis soluções para o desenfreado crescimento desta crise. Por garantir, em tese, mais celeridade e segurança na locomoção, o carro é o principal meio de locomoção do brasileiro. Todavia, por ser utilizado, por grande parte das pessoas, de maneira individual, o uso deste tem causado grandes engarrafamentos no trânsito, o que faz com que caminhos que deveriam ser percorridos em 15 minutos sejam alongados para, em média, 1 hora. Percebe-se, notoriamente, o crescimento deste automóveis no trânsito, o que revelou um levantamento feito pelo portal G1 (portal da Rede Globo), com um total de 45,4 milhões de automóveis, o Brasil já tem um carro para cada 4,4 habitantes. Outro fator subjacente a esse, é o fato de que a falta de ciclovias e segurança faz com que o brasileiro opte por não usar a bicicleta como meio de transporte, o que resolveria grande parte do problema supracitado. Em geral, não se incentiva o uso das denominadas “bikes” para locomover-se até o trabalho, por exemplo. É pertinente ressaltar também que, além de garantir maior celeridade no trânsito, as bicicletas são ecoeficientes, uma vez que não produzem gases de efeito estufa. Vale ressaltar similarmente que, a escassez de transportes públicos, o superlotamento dos ônibus e metrôs são fatores que colaboram para a escolha do carro como meio de locomoção. Segundo o Ibope, 54% dos paulistanos – maiores prejudicados com os engarrafamentos – estão totalmente insatisfeitos com o transporte coletivo. Além disso, a falta de vias de acesso rápido são fatores que aumentam os engarrafamentos. Por conseguinte, é imprescindível uma reeducação no trânsito brasileiro, cabendo ao Governo Federal a construção de ciclovias seguras, linhas exclusivas de ônibus e BRT’s – ônibus que suportam um grande número de passageiros, em média 150, o que resolveria o problema de superlotações. Ademais, é necessário que o Detran (Departamento Nacional de Trânsito) promova políticas públicas como o fornecimento de bicicletas para a população locomover-se, além de orientar acerca da carona coletiva – pessoas que trabalham no mesmo local vão em apenas um carro, diminuindo a frota desses veículos, garantindo assim o direito de todos ao ir e vir dignamente.