Embora a Constituição Nacional garanta aos cidadãos a liberdade de locomoção, a precariedade do transporte público coletivo e a falta de infraestrutura das vias, rodovias e rodízios, apontam para algumas das diversas falhas no que diz respeito à qualidade dos serviços prestados à sociedade, ampliando gradativamente a insatisfação dos brasileiros que dependem do transporte coletivo diariamente. Ao se deparar com a superlotação, aumento das tarifas e muitas outras dificuldades para utilizar o transporte público, muitos brasileiros acabam optando por fazer uso do transporte individual. Entretanto, a grande quantidade de pessoas e o amplo fluxo de veículos têm feito com que essa alterativa seja um dos principais causadores de acidentes e congestionamentos quilométricos promovendo um transito cada vez mais caótico, uma vez que, a estrutura precária das vias, muitas vezes com asfalto esburacado e má sinalização não consegue comportar tamanha quantidade de veículos. Outro ponto a ser destacado é a questão da inclusão dos portadores de deficiências físicas, visto que acessibilidade esta diretamente ligada a mobilidade urbana, contudo, as medidas inclusivas que proporcionam ao cidadão o direito de ir e vir não são aplicadas de forma correta. Dessa forma, muitos deles acabam enfrentando problemas para se locomover sozinhos nas ruas e se deslocar usando o transporte público, que por sua vez não oferece ao cidadão o conforto e a comodidade necessária, visto que, a maioria dos brasileiros enfrenta horas dentro de um ônibus ou metrô. Diante disso, faz-se necessário o investimento em politicas urbanas de infraestrutura que visem acessibilidade, melhoria do transporte publico e infraestrutura urbana, investindo a curto prazo na manutenção da sinalização e segurança das vias, rodovias e viadutos, garantindo ao cidadão conforto, comodidade e segurança na locomoção do brasileiro, fazendo valer o que está escrito na constituição.