Durante o processo de evolução do ser humano, o modo de viver em sociedade sofreu transformações. De pequenas comunidades, vilas, às cidades, em todas elas a mobilidade é um fator importante. Mas como ela é trabalhada atualmente? No Brasil, em decorrência da industrialização e da mecanização agrícola entre os séculos XIX e XX, ocorreu um êxodo rural em massa. Com o passar dos anos, essa população deu origem aos grandes centros urbanos atuais e a necessidade de locomoção se tornou maior. No início era simples: carros eram artigos de luxo e o transporte público era mais eficiente. Entretanto, a queda na qualidade do serviço e o acesso da população aos automóveis, provocou um caos nas ruas pelo número de veículos. Em cidades como São Paulo, trajetos que poderiam ser realizados em 20 minutos chegam a demorar 2 horas devido aos congestionamentos quilométricos. O tempo perdido no trânsito afeta a economia, causando prejuízos bilionários. A saúde e a dignidade humana também são atingidas. Nas cidades onde a rotina corrida é comum, o tempo perdido nas estradas reflete na pessoa por meio do estresse e frustração que influenciam em outras doenças. Pessoas de classes econômicas que dependem do transporte público sofrem com a falta de segurança em ônibus superlotados e sucateados. Além disso, com o grande número de veículos nas ruas, a emissão de CO2 é imensa e traz grandes prejuízos ambientais. O problema é grave e, para minimizá-lo, muitas capitais já adotaram o sistema de rodízio de placas que tem funcionado. Uma reforma no transporte público é fundamental: com conjuntos eficientes, não haveria necessidade do uso de carro próprio constantemente, desafogando as vias de transporte e melhorando a qualidade de vida da população.